Sonhos de uma vida...
Acreditar em algo é o que o torna real. Amor, vida, deus, são apenas palavras, mas ao mesmo tempo em que são ditas, se acredita nelas e isso as torna ou não reais. Acreditar que podemos mudar o mundo, que algo existe, que se é algo, que se pode algo, é o que torna todos os dias reais, o presente verdadeiro, o passado lembranças, o futuro esperança. E então, se necessário, esqueça o passado, não acredite no futuro, mas faça o presente de um jeito próprio, verdadeiro, único, seu.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Histórias do XANDÃO: 2013 tempos de alcançar o impossível!
Histórias do XANDÃO: 2013 tempos de alcançar o impossível!: “Sonhar o sonho impossível, Voar num limite improvável, Tocar o inacessível chão, Amar puro e casto, Tentar quando suas mãos estão tão ...
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Se eu errar que seja por muito, por amar demais, por me entregar demais, por ter tentado ser feliz demais.
(Clarice Lispector)
Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta.
Caio Fernando Abreu.
As melhores coisas da vida são invisíveis. É por isso que nós fechamos nossos olhos quando nos beijamos, dormimos e sonhamos.
Cazuza.
Sorria, brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e, acima de tudo, viva. O fim nem sempre é o final. A vida nem sempre é real. O passado nem sempre passou. O presente nem sempre ficou e o hoje nem sempre é agora. Tudo o que vai, volta. E se voltar é porque é feito de amor.
Reynaldo Gianecchini
segunda-feira, 30 de abril de 2012
A arte de ser feliz
Eu comecei de novo esse ano. Mas não deixei pra trás nada daquilo que conquistei.
Eu comecei de novo, mas levei comigo tudo que aprendi com os erros. Todos os sorrisos que vieram com os acertos. Lembro-me também das lágrimas, não nego, que me fizeram tanto sofrer. Mas acho que para achar a felicidade diante de cada janela, também é preciso ter as tempestades. E nelas, há uma beleza exótica e potente.
E eu espero, que começando de novo, eu tenha diante de minha janela novas maravilhas, mas conserve diante delas aquelas velhas mudas, sejam elas de árvores majestosas, de flores miúdas, da grama que deixa o meu jardim mais verde, ou mesmo os gravetos que vem no biquinho dos pássaros. E quero que meu jardim continue assim, meu... Meu jardim secreto, de frente para o mundo, junto com os sonhos.
Bem, estou falando assim de jardins, mas é que no início desse ano, no teatro, eu procurei um texto que representasse o que eu sentisse e esse, chamado ''A Arte de ser feliz'', da Cecília Meireles, retratou bem o que eu tento fazer todos os dias na minha vida. Ver, diante das minhas janelas, que misturam o antigo e o novo, os sonhos e a realidade, as minhas pequenas felicidades certas, os meus motivos para sorrir todos os dias.
Então decidi também mostrá-lo a mais pessoas, para que estas também vejam todos os dias, ao abrirem suas janelas, suas pequenas felicidades certas.
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
Eu comecei de novo, mas levei comigo tudo que aprendi com os erros. Todos os sorrisos que vieram com os acertos. Lembro-me também das lágrimas, não nego, que me fizeram tanto sofrer. Mas acho que para achar a felicidade diante de cada janela, também é preciso ter as tempestades. E nelas, há uma beleza exótica e potente.
E eu espero, que começando de novo, eu tenha diante de minha janela novas maravilhas, mas conserve diante delas aquelas velhas mudas, sejam elas de árvores majestosas, de flores miúdas, da grama que deixa o meu jardim mais verde, ou mesmo os gravetos que vem no biquinho dos pássaros. E quero que meu jardim continue assim, meu... Meu jardim secreto, de frente para o mundo, junto com os sonhos.
Bem, estou falando assim de jardins, mas é que no início desse ano, no teatro, eu procurei um texto que representasse o que eu sentisse e esse, chamado ''A Arte de ser feliz'', da Cecília Meireles, retratou bem o que eu tento fazer todos os dias na minha vida. Ver, diante das minhas janelas, que misturam o antigo e o novo, os sonhos e a realidade, as minhas pequenas felicidades certas, os meus motivos para sorrir todos os dias.
Então decidi também mostrá-lo a mais pessoas, para que estas também vejam todos os dias, ao abrirem suas janelas, suas pequenas felicidades certas.
A arte de ser feliz
Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Ás vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecília Meireles
O Último discurso de ''O Grande Ditador ''
Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não
é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja.
Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres
humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o
seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste
mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as
nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da
beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou
no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a
miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos
enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em
penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência,
empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de
máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de
afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será
perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A
própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um
apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a
minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de
desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que
tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo:
“Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o
produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do
progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o
poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem
homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que
vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que
ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem
marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos
tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois
máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não
odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os
inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela
liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de
Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos
homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar
máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar
esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em
nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um
mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê
futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm
subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o
cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para
libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e
à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o
progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares,
levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam!
Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo
melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade.
Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa
para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os
olhos!
domingo, 12 de fevereiro de 2012
''Garotas''
Garotas fortes não choram por amores mal resolvidos e muito menos se iludem com um te amo, garotas sabem que melhores amigas só existem três, sabem que ser popular é fútil, falar dos outros é necessidade, ser falada é conseqüência, ter inimigas é natural, perdoar é necessário, sentir inveja é idiotice, querer ser mais que os outros ignorância, brigar sem motivos criancice, falar de alguém é como falar de você mesma, perder amizades é como estar sozinha. Garotos são idiotas quando não sabem amar, garotas são bobas quando amam alguém.Quem sabe o pior erro de nós garotas é achar que tudo é amor, quando na verdade tudo é ser feliz. Enfim garotas fortes sempre serão aquelas, que por mais tombos que levem, vão levantar a cabeça e enfrentar tudo com ousadia.
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